segunda-feira, 20 de outubro de 2008

I have found over the past 6 years or so since I first reached for a palette knife as my tool of choice to paint with that many seem to have a fear of


Andava

Durante boa parte da minha vida eu andei com uma faca no peito.
Eu me acostumara com ela,
a ver o sangue sempre escorrendo lentamente.

Um dia eu tirei-a de mim.
Descobri que a faca sempre estaria em mim.
Que a faca me era essencial,
Que a faca era eu tanto quanto o peito,
Que faca era a finitude,
Que a finitude era o começo do nada,
Que o nada era o ser potencial,
Que nos traria de volta,
Após aparentes infinitos processos do nada ao homem- com –uma-faca-no- peito,
ou qualquer outra forma de existir,
que em diferentes processos,
de um diferente universo
possam vir a ocorrer no mesmo tempo,
se lá houver um,
que ocorreu neste universo de eu,
Sergio kroeff canarim,
vir a ocorrer com uma faca no peito.

Será possível que possa o nada trazer outro sérgio kroeff canarim ,
com outra faca no peito,
o qual seja absolutamente eu?
Por que essa mesma faca no peito me faz crer que não?
E ,
mesmo assim,
eu não quero me livrar dela?
Ou,
mesmo assim,
eu não posso me livrar dela,
pois ela é absolutamente eu?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Análitica, uma homenagem

Não há uma primeira pergunta.
Se não há uma primeira pergunta, o questionamento é infinito.
Se o questionamento é infinito, só pode ser respondido em absoluto por um ser igualmente infinito.
O homem é finito.
Logo, o homem é incapaz de responder a todos os possiveis questionamentos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um poema antigo: anacronismos...um dia escrevi "normalmente"

Sentimentos

Sou tão dolente
que sou um grande indolente.

Sinto muito
Mas não tenho pena de ninguém.

Os sofrimentos burros só me irritam.
A pobreza indigna-me
ou passa despercebida.

Mas o que realmente sinto
é a solidão dos abismos do meu pensamento.

Os abismos são sempre desertos.
Sinto a solidão, só assim serve.

De qualquer jeito me reúno
com meus amigos mortos e virtuais.
Nos encontramos nos abismos
mas só nos que eles me levam.

Meus amigos mortos e virtuais
pegam-me cuidadosamente pela mão,
levam-me aos seus abismos particulares.

Nós nunca nos tocamos...
Nunca nos falamos...

Eu ainda não levei ninguém
aos meus abismos particulares.

Espero que, quando tornar-me pó,
ou virtual,
possa levar meus novos amigos,
cuidadosamente pela mão,
aos meus abismos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008


Monalisa

Pardon?> Yes...I looK cool and auster and nice and controled> and calm and racional.> But inside of me life is burning like hell. melting-> metals- perfurating- > my- bones- licking- my -skin- eating- my- balls-> atoms- stones- flowers- in- > a- dark- hole- expelling- energy-backalldirections-> as- fluorescent- light.> Setting my being, conscience specific and unit> eletric sea, to all the > matter. Out of universe and beyound no existence to> see to feel to explode > in reverse big bang agains to all my human spacial> time perception > limitations squizing the limits like the weight of> matter in the cosmos.> Dancing all dances vomitholdingeverything in fire> dance spinoutofisic > everyalllsinglenonething at once.

sexta-feira, 11 de julho de 2008


Buracos do Asfalto

Não me arrependo de admirar uma árvore por ser uma árvore
Ou um azulejo quebrado por ser um azulejo quebrado
Eles poderiam ser uma rosa
Uma rosa poderia ser uma estrela
Mas convenções de linguagem não alteram o sabor de espanto
que eu tendo consciência de eu
e de uma rosa que poderia ser um azulejo quebrado
ou um buraco no asfalto
podem ter nesse meu corpo discreto por sentir demais
não há força para ser escandaloso
silenciosamente com minha fala monocromática
cintilo frases como laminas
destruindo o mito do presente já esmagado
e fazenda a fusão impossível

II
Uma vez fui criança e cai de joelhos diante do esplendor do absoluto
Agora luto para ser a união corpomente filosofomatrix
Unir Sócrates no discurso final com Herodes e Jesus e Henry Ford e Newton e Pessoa
Num único devaneio febril
Organizado como um exército
A disciplina se torna necessária para quem é o caos com todo o amor do mundo
III
Eu eu eu por que não falar com a voz femina de um Chico Buarque?
De eu eu sinto os objetos e sou eu mesmo um objeto sentindo os objetos
De eu sou o absoluto de minha imaginação limitada
O toldo do circo meu limite
Rasgo um pouquinho
Vislumbro o futuro
Mas não me iludo apesar de ser tudocadacoisanehumacoisa
Aquém
Entre
Além
Transcendentalmente
Aquém
Entre
Além
cadatodanenhumavariasduastrêscoisas
Minha imaginação é a interpretação da mulher,
jamais a própria muito embora unidade
perdoe-me Chico se nunca foste uma mulher e foste mulheres e homens e crianças
como eu sou isto tudo e pedras galhos flores atomic bombs

quinta-feira, 26 de junho de 2008


Toda a ação humana trouxetraztrará consigo o sentidodesejoanseio velado devir-a-ser Deus.

sábado, 17 de maio de 2008


Vagando com o vento,
Buscava a primeira premissa.
Ao encontrá-la,
Descobriu que sempre teria de aceitar,
Jamais justificaria os entrelaçamentos do sernãoser ,
Seus aparentemente infinitos tentáculos.
Assim, prefiriu o vento,
Vagar...vagar...vagar.
Como as folhas de outono,
Como o pensamento e as moléculas.
Até o dia predestinado,
O dia da construção do seu castelo.
O momento milagroso da transmutação de intuições
Em paredes, colunas, janelas, portas...


Sem perceber a redução que necessariamente infligiria a sua imaginação

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tomem Cuidado!

Tomem cuidado!
A chuva é acida, a verdade é maldita.
Eu sou vingativo.
A covardia ou a razão me faz engolir meu veneno.
Eu engulo, sinto estremecer todas as células.
Os soldadinhos de chumbo marcham para o abismo.
Regurgito um pouco sou camelo.
A razão me permite esquecer minha natureza.
Dou até risada dela!
A pedra desta vez é gigantesca.
Tomem cuidado!
Não serei amigo nem complacente.
A razão é indolente.
A indolência rege a natureza.
Agora! Clamo por todos os poetas, os malditos, os amorais.
Venham a ciranda nos chama.
O baseado foi aceso.
A roda começou. Quem agüentará?
A morte entrou na roda.
È a bela-do-toque-bendito.
Toda dor foi embora é o toque da heroína.
Meu punho é de chumbo, mas minha mão é de vidro.
Cada pancada gera uma amputação.
Cada amputação gera uma dor prazerosa.
A chama esta viva e corre atrás de nós.
Tomem cuidado!
Agora é a vez dos mortos!
Tomem cuidado!
Meu liquido sagrado é eficaz.
Pode gerar um Deus, uma Deusa, um monstro, ou um qualquer.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Stalingrado

Marchando para o abismo, tenho pena de nós!


Seguindo ideologias, até mesmo dando a vida por estes estandartes porque não podemos compreender as coisas como elas são.
Nenhuma guerra existiria se enxergassemos, não por uma suposta bondade senso-comum, mas porque quem luta é a massa e quem deseja a guerra em troca de algum acumulo de poder é a elite. Seja burguesa, aristocrata, feudal, burocrata...

Afinal, por que os soldados marcharammarchammarcharão para o abismo?

Simples: a liberdade de se saber não sabendo absolutamente; a liberdade da consciência da inexistência de verdades absolutas conquistadas pelo homem, homo sapiens sapiens histórico; a incerteza diante do mistério são para poucos. Dostoiévski estava certo sobre este aspecto, o homem quer ser obediente, o homem não quer liberdade, ele chora e se debate e se mata e assassina se não houverem ícones, se não houverem quaisquer seguranças e certezas para além dele. Sejam elas religiosas, políticas, filosóficas, artísticas... O pensador verdadeiro sabe que toda e qualquer filosofia, ou método, ou sistema, ou idéia sempre esbarra em uma crença, dogma ou paradigma. E não há como fugir disso, porque o problema é o homem. O homem é limitado, incapaz de conhecer a realidade em absoluto.


Por isso, morrerammorremmorrerão camponeses trêmulos segurando estandartes desbotados.


Por isso, nossa única chance é criar a nossa superação.


O pós-homem sapiens sapiens histórico.


Tomar as redias da evolução.





Stalingrado

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


Doze amputações

Se o sentido de ser é obscuro.
Se do não-ser nasce o ser.

Doze chibatadas ao amanhecer
Quatorze amputações ao anoitecer

O cristalcumeabismo do poema...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008


A primeira não-poesia do blog

Resolvi fazer uma pequena reflexão a respeito do artista verdadeiro.
O que eu chamo de artista verdadeiro?
Chamo de vanguarda histórica, aquele que vê para além de seu tempo trazendo a idéia nova para o hoje, na forma e no conteúdo.
Desculpem, se me falta modestia, mas eu qualifico a minha poesia de vanguarda.
Ela é inédita não só por eu ser um dentre esses visionários, mas porque historicamente só é possível abordar o conteúdo e a forma que abordo porque no passado outros criadores fizeram revoluções no conhecimento, seja na arte, ciência, filosofia e até mesmo - com ressalvas - religião.
E o triste nisso tudo: parece que a danação do artista verdadeiro é, igualmente, uma verdade histórica.
Só a vanguarda de um tempo é capaz de entender a vanguarda deste mesmo tempo.
O novo só é compreendido pelos criadores do novo e só mais tarde quando não mais novo se torna um clássico compreendido pelos intelectuais!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Diante do abismo do absoluto, ou qualquer coisa indizível, pensou no suicídio.
Mas logo teve uma visão, do verbo ver, porém não com os olhos, um ver-vendo com a unidade de suas faculdades: " Uma consciência no nada é - na medida desta consciência - uma interpretação do nada".
Sorriulágrimas e gradativamente gargalhadas do maravilhoso absurdo de ser quem é.