quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Stalingrado

Marchando para o abismo, tenho pena de nós!


Seguindo ideologias, até mesmo dando a vida por estes estandartes porque não podemos compreender as coisas como elas são.
Nenhuma guerra existiria se enxergassemos, não por uma suposta bondade senso-comum, mas porque quem luta é a massa e quem deseja a guerra em troca de algum acumulo de poder é a elite. Seja burguesa, aristocrata, feudal, burocrata...

Afinal, por que os soldados marcharammarchammarcharão para o abismo?

Simples: a liberdade de se saber não sabendo absolutamente; a liberdade da consciência da inexistência de verdades absolutas conquistadas pelo homem, homo sapiens sapiens histórico; a incerteza diante do mistério são para poucos. Dostoiévski estava certo sobre este aspecto, o homem quer ser obediente, o homem não quer liberdade, ele chora e se debate e se mata e assassina se não houverem ícones, se não houverem quaisquer seguranças e certezas para além dele. Sejam elas religiosas, políticas, filosóficas, artísticas... O pensador verdadeiro sabe que toda e qualquer filosofia, ou método, ou sistema, ou idéia sempre esbarra em uma crença, dogma ou paradigma. E não há como fugir disso, porque o problema é o homem. O homem é limitado, incapaz de conhecer a realidade em absoluto.


Por isso, morrerammorremmorrerão camponeses trêmulos segurando estandartes desbotados.


Por isso, nossa única chance é criar a nossa superação.


O pós-homem sapiens sapiens histórico.


Tomar as redias da evolução.





Stalingrado

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


Doze amputações

Se o sentido de ser é obscuro.
Se do não-ser nasce o ser.

Doze chibatadas ao amanhecer
Quatorze amputações ao anoitecer

O cristalcumeabismo do poema...