quinta-feira, 29 de abril de 2010

Abotou o palitó





I
Rígido
a saber
quando haveriam naus.

A costa arredia do meu jardim.

Brincando com arcos e deuses,
lamentara a noite eterna.
Dos tempos sem sucessão,
Dos espaços sem dimensão,
Nos quais repousaria eternamente.

II
Despertar;
Dos corpos sem espaço,
Dos espaços sem corpos,
Da decomposição juventude permanente.
Decompor é verbo na eternidade só substantivo

III (Dá analítca – morte - decompor para nascer)

Da paz não-silêncio

Já que silêncio exige a possibilidade de haver o seu oposto

Seu oposto é o som

O som é composto de ondas

As ondas são coisas existentes

No nada - lugar onde se é na morte – não há qualquer coisa existente

Portanto, no nada não há possibilidade de som

Onde não há possibilidade de som não há possibilidade de silêncio

Ergo, há o não-silêncio