segunda-feira, 13 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

I was walking in the streets
When I saw a train
He has moved in the rithm

As ondas do meu ser
também tem um ritmo

Que vontade de chorar...
Todo talento deve ser pouco educado
para nas massas brilhar
A que vontade de chorar...
Minha mulher foi embora
Quem quis isso fui eu
Ah que vontade de chorar...
Se mais alto se vai
a linguagem vira sons
que dizem fonemas
vazios de sentido
Ah que vontade de chorar
Se a loucura de meus avós
atinge todos nós

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Julgamento Final




O céu de repente era
azulvermelhoamarelopretobranco
Choviam fractais
Em seus expirais infinitos
dentro de infinitos
dentro de infinitos
E assim por diante...
Embora fossem coisas
que caiam do céu
E coisas são finitas

Os homo sapiens
riamchorovamoravam
De Deus recebiam
seus próprios ecos
Então de dentro de um espiral
nascia o pós-homem
Melhor que homem
Melhor que máquina

Homo sapiens estava superado
Sua aniquilação era uma poeira
que pairava no ar

Do pós-homem nasceria
o seu sucessor
E assim por diante...

Aqueles que rompiam o circo
ontológico do pobre homo sapiens
finito e histórico
Nossos filhos
Já que o pós-homem é:
o homem modificado pelo homem

Ultrapassavam
o mais íngreme sonho de
qualquer
profeta
aritsta
filósofo
cientista
Expraiavam sua visão
Para todos os lados
Direções
Sentidos
E isso era só o começo...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carrossel Movediço

Parecia que aquela pedra
nascera para dar de encontro a ele
Vivendo os segundos como a grande dádiva

Crescendo sob tropas de ossos
desciam a margem da ladeira
Cumpriam o destino?
Cumpriam o acaso?

Quem não segura uma estrela
não merece viver

Ser jogado no mundo
é tudo aquilo que podemos ser

Édipo Rei sorri zombeteiro,
seus olhos em sangue celebram
a grande apoteose de ser grego

Diante do massacre dos deuses
em meio a lágrimas
sorri

A grande moderação é fazer rir
- entrementes -
Ser tudo aquilo que ultrapassa a risadaria
Num vôo assaltar a totalidade radical
Na eternidade rodar entre nada e nada
Ter coragem de dizer o indizível – anaquilamento
O espiral sem inicio e nem fim

Das dores nasceram os potros
Os selvagens leopardos espreitam
Seus quadris vagueiam num balanço sensual

E a corda bamba do sentido
dissipa-se onde palavras são zumbidos de abelhas

Correria de olhos fechados
Na balça de Creonte
o jogo será jogado
Na essência da linguagem arremessados
para onde já sempre estivemos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um caso Contemporâneo

Ele entrara com violência, suavidade e o ardor de um desejo que se retroalimenta. Como abelha-flor-água-ar-eu- estrelas tão finitas quanto nós.
Ela em total confusão, devido ao vento trazido por ele. Se via ora encantada, ora indiferente, ora brilhante, ora arisca, ora derretidamente ardente e tantos outros oras.
Agitações a parte, o sumo da vida é bebido e recriado quando forças da natureza como eles se fundem pela vontade de poder, ser, estar que são.
As névoas da rotina, geralmente, deixam inconsciente a noção de tal potencialidade.
Resta- nos os dados e sorte para o embate.
Um encontro-choque de astros pode gerar um instante de luz sinérgica ou quem sabe uma vida inteira, dois meses, dois segundos, ninguém sabe.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O nascer do sol no Rosa




Então o sol despontava

Todo o poder do astro rei
em fogo-fótons
Traz no seu calor
a magia
de poder haver uma fauna, uma flora

O céu era vermelho
Na fluição das coisas
matizes laranjas e amarelos surgiam

E dizem que as cores são ondas
Quem acredita que são apenas ondas?
Não viu vermelholaranjaamarelo em todo seu esplendor
As pequenas abstrações do pobre homo sapiens são apenas
parciais penumbras diante do Astro Rei

Ele entorna e transborda a possibilidade de aqui
eu estar a descrever o impossível gozo da experiência

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O nascimento de Jonas

De repente aquela calma
quente e silenciosa
-a qual me acostumara –
causava dor.

Agora chegada a hora
inquieto me revirava.

Então, em contrações
uma força a luz me levava.
A proximidade de tal intensidade
- A fenda era o sol –
meu coraçãzinho disparava.

Quis retroceder,
como era calma e quente
minha casa.
Doce conforto,
abrigo mítico.

Mas era inexorável,
ine-lutável.
O tempo
era-é-será irreversível.

Num átimo,
minha casa desapareceu.
E milhões de
sensações,
intuições e
turvas imagens
arrebataram meu corpinho.

Para Memórias Póstumas de Jonas:
http://poemadia.blogspot.com/2011/01/memorias-postumas-de-jonas.html

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quando toca o fundo sem fundo a tendência é flutuar de volta a morada: os cumes dos cumes


Se os movimentos da existência levam até o fundo de abismos onde o negro gera formas bizarras de luz própria, onde o astro rei não toca sua língua de fogo-fótons, brincando com as probabilidades e com os limites um sorriso entre úmidas lagrimas deve compreender a necessária subida – retorno - aos cumes dos cumes onde o retrato estático, mas vivo de cadatodomovimentonãomovimento se mostra como um expressionismo realista.
Ser todos os pontos desses abismos e desses cumes suportando a dorextasyprazer, enquanto não se torna definitivamente terra, ar ou poeira de estrelas.
A bolinha de intensidade infinita explode e seretraiseretraiexpande eternamente, mas eternamente é uma concepção que não cabe a esse ultra-retrato absoluto.
Ver
Ser
Ventilar
Mente limpa
Turbilhão desvairado
O calor e frio invadindo as narinas, soluços: Se isso é a vida então de novo.
Porque na verdade não existe fissão ou fusão é sempre o absoluto, não importa se o ego nascecrescemorre piscando num segundo, oitenta anos, as criançasvelhosadultos devem sempre lembrar e sorrir diante do arrebatamento de cadatodohenhumsernãoseraquémentrealémtranscendentalaospréviosconceitos unidade inexorável insomável indivisível inmultiplicável insubtraivel.
Serpente de poder
Aleph verdadeiro
Aleph que é o Aleph não é o Aleph e é tudo que possa haver aquém entre além AlephsnãoAlephs
O progressivo som das folhas girando no outono, o progressivo magma invadindo as rochas, fumaças da chuva negra transformando tudo em pedra, mas dura só mais um segundo, centenas de anos.
Então eu vejo um cometa estudando o corpo sem órgãos, escrevendo tal estado de transe poético minha boca nesse estágio começa a tremer o meu pé bate furiosamente o solo lágrimas encharcam minhas concavidades oculares e penso estragando por um segundo o transe num embate pensamento transe transe pensamento que esse é realmente um grande momento de estar aí, de ser para morte, em que eu posso sentir o frêmito supra humano e faz valer a pena cada abismo cada degrau que se quebra aos meus pés cada flutuação de subida- retorno – aos cumes dos cumes.

Caterpillar butterfly butterfly caterpillar caterpillar butterfly rasteja lagarta voa borboleta rasteja borboleta voa lagarta rastejandovoandoborboletaslagartas.
Esbarra no vento caterpillarbutterfly acende as velas voa descontrolada minha querida lagarta as tuas asas são de fogo elas dançam desvairadas com beijos do vento.

Enquanto nas quatro estações o violino chora a potência aos poucos se enfraquecem os dedos então como flutuando de volta aos cumes dos cumes rasga novamente um acorde.
Inicio e fim se confunde caterpillarbutterfly.

Acesse a oposição em espiral publicada simultâneamente deste poema:
http://poemadia.blogpost.com

domingo, 16 de maio de 2010

Sérgio caleidoscópio infinito(?!)



Metade de mim diz X
Metade da metade que sobrou diz Y
Metade da metade da metade diz Z
Assim sendo...
Regresso ao berço infinito
Do eterno retorno de mim

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Abotou o palitó





I
Rígido
a saber
quando haveriam naus.

A costa arredia do meu jardim.

Brincando com arcos e deuses,
lamentara a noite eterna.
Dos tempos sem sucessão,
Dos espaços sem dimensão,
Nos quais repousaria eternamente.

II
Despertar;
Dos corpos sem espaço,
Dos espaços sem corpos,
Da decomposição juventude permanente.
Decompor é verbo na eternidade só substantivo

III (Dá analítca – morte - decompor para nascer)

Da paz não-silêncio

Já que silêncio exige a possibilidade de haver o seu oposto

Seu oposto é o som

O som é composto de ondas

As ondas são coisas existentes

No nada - lugar onde se é na morte – não há qualquer coisa existente

Portanto, no nada não há possibilidade de som

Onde não há possibilidade de som não há possibilidade de silêncio

Ergo, há o não-silêncio

sábado, 21 de novembro de 2009

Nadifica-te

Adentraram a escuridão
Na floresta silenciosa
gotas de orvalho brilhavam
Refletindo a parca luz da lua
que em feixes
entre os galhos
-ramificações das árvores-
escassos, dissipavam-se

Num instante todos ficaram imóveis
Ele se afastou do grupo
Sentando-se isolado em folhas secas que cobriam o chão

O silencio ainda inerte expandia o tempo

Com lágrimas nos olhos
deixou-se apoderar
por todo sufocamento do mistério

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Enfim ter amor por alguma coisa que não seja a própria face
Como Sócrates, suportar a sicuta

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A insuportável Sublime Beleza





Escrevendo como quem foge do destino...
Não da vida de agora, mas da possibilidade
que quando existe é sempre a final.

Ouvindo para viver o êxtase não mais permitido pra quem matou a metafísica
Da flor a flor do nada ao nada.

A potência que é necessária no peito é o simples aceite do mistério

Deleitar-se com vulvas,
Acender nas preces do vento sentido veloz nos becos,
Caminhar novos países com lágrimas nos olhos,
Aceitar o fim não só de si,
Mas o fim do homem,
Aceitar o mistério da tal forma
a propor este fim
como a necessária possível contribuição da “espécie”

Percorrer corpos, conjecturar o pós-homem como o primeiro.
E sempre o fim atrás de nós suspirando quente
Umedecendo a orelha
Apimentando as cores
Extasiando os olhos
Percorrendo as lágrimas
Soluçando espasmos
Gozando espaços
Distorcendo o tempo
Antecipando o nada
Costurando seres
Desintegrando coisas
Compartilhando o que já não é

Então mais um passo atrás
Flutuando lépido
Já ao fora dos mundos possíveis
Intuindo-imaginando-vendo
Finalmente
A insuportável totalidade
Aquém-entre-além-cada-todo-nenhum-ser-não-ser-transcendental-aos-prévios-conceitos

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Quem sou eu

A minha mente é um condor
quanto mais acima dos píncaros
mais ampla é sua visão
mais solitária sua jornada
mais rafeito é o ar que se respira

O meu sexo uma jibóia
se arrasta languida
envolve sorrateiramente num abraço mortal

Meu coração uma cadela desmamada
abraça o mundo e seus vira-latas

Minha ambição um Leopardo
cada investida é de vida ou morte

Minha sensibilidade é uma espada
cada afecção gera uma amputação

Meu sorriso esquizofrênico
brinca com as possibilidades

Minha pele é fina
Meus cabelos desgrenhados
Minha coluna frágil

Minha imaginação um caos controlado
Minha fala um bisturi
impiedoso na mão de um cirurgião xamânico

O meu pensamento como uma pipa astronauta
Sobe até a desintegração nos possíveis universos

Meu amor dói como seios cheios de leite
Os bebes mamam, mas a produção é infinita

Meu medo é surdo como o nada

Minha vontade louca
avassaladoura
rompe o solo como um terremoto

Minha angustia atira-se a si mesma contra parede

Meus dedos são cumpridos e finos
Meu pau largo como um lambari-de-tanga-amerelo
Meus dentes são graúdos mal cabem em minha boca

Meu ser indefinível
Meus eus múltiplos
Meus estados um turbilhão de ondas

Minha verdade
parcial e incompleta

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fluxo condicionado condicionando o movimento travestido de inércia

Os torcedores camponeses tremem trêmulos diante do massacre de todos os estandartes nos quais o homem segura com filete de sangue mãos quentesfriasmornas o suar umedecendo levemente brilhando como as estrelas antes de apagar e transformar luz na atração do buraco negro fé desespero angustia desejo nosense destruição e criação a locomotiva do nada ao nada arrebata as portas verde musgo da menina sentada a janela sem conhecer o pescoço da Etiópia a verdadeira incerteza histórica e cada segundo passando passado passará sem precisão do observador brinca com dedos largos o céu é negro mas jamais um matiz homogêneo estático esconde o eterno movimento do nada ao nada bolhas de espaço-tempo formando e correndo para o abismo de se correr o nascer do nada ao saltoqueda palhacinhos com a maquiagem borrada sorriem com dor melancólica o mago do dissabor ri da felicidade de lutar a intensidade necessária de cumprir esse intervalo nosense do ser nasce o ser consciente e volta ao somente ser partículas ou energia cavalos têm a sedução da locomotiva natural computadores giram no carrossel encantado marte some nas cartas antigas o amor da a sensação de encontro do ser consciente com sernãoseraquémentrealémtranscendentalaquémentrealém dragões mitologias do universo ao lado não pode ser conhecido porque não observado limitações do século XXI cabe ao retorno do centauro a corrediça porta madeira nobre a cruz a anticruz a matéria a não matéria ponta do iceberg nada mais jogar-se para dentro da possibilidade do iceberg mesmo no escuro se debatendo é a única chance dos ousados ao vôo maior que seus sapatos molhados de chuva e lamentações de engrenagem os velhos as crianças potência inocente perecimento inocente com respigar de veneno da experiência o mar a terra o solo dos fractais tentativa de além de fractais morte caveira ganso voando baixo rir e não temer a necessária derrota e no fim as flores exalam perfumes complexos o pobre menino de dentes sujos compreende ao menos isso sonha hermético no seu mundo natural e místico enquanto há sempre um a amar a grande distância onde a Terra é uma fagulha perdida.

sábado, 25 de abril de 2009

It´s Evolution baby


Evolution Baby

Curvas quânticas
Pré-existência
Big bang
Oi planeta bizarro da essência
Viva os homos

Carnificina
Brincadeira
Sapiens sapiens
Extermínio

E o homem criou Deus
Civilização
E o homem matou Deus
Mas ele é Fênix renasce das cinzas

Evolução
Carnificina
Filosofia
Psicodelia
Brincadeira
Arte
Sonhos

Deus permanece morto-vivo
Guerra dos sexos
Sexo livre
Camisa de vênus
Caos, carnificina, Deus, psicodelia

Vitória dos bêbados
Vida longa
Comida à vontade
Desnutrição


Guerra, guerrilha, paz e amor
Doors
Tecno
Extasy
Workaholic
Vagabundos da nova geração
In out
Velhos de sobra
Jovens mesquinhos e loucos de vontades
Jovens idealistas e loucos de vontades

Álcool
Álcool
Álcool

U.S.A polícia terrena
Emergentes
Mari Juana
Mescalina
Dostoievski
Trotsky
Homero
Chico Cience Buarque da Rosa

sábado, 11 de abril de 2009

Estupefateai vós

Das vidas
que eu tive
esta
é
a
mais
estranha
E é a única

Os entrelaçamentos
que nela
ocorrem
acabam
por
deixar-me
es
tu
pe
fa
to
Serão as flores
ES-tu-pe-fa-tas
Por sua vez?
E as rochas?
Ou será
ES-tu-pe-fa-tear
Uma propriedade
Atributo
Característica
Qualidade
Que não se dá a todas
Cousas?!?

quarta-feira, 11 de março de 2009

A chuva de Cetim-Neon

Borrando as tintas na chuva, a colheita suave dos vinhedos, corta-se um cacho amputando-o de sua mãe.
Quando eu sento assim na chuva, penso do que vale - por um instante - ter escrito rabiscos do absoluto decodificados de uma pobre mente-ser, que é ser com consciência de si, limitada mas real, como um quadro de Van Gogh, não real como seria o real em verdade.

Correr mais rápido; os pingos não alcançam.
Voar mais deslocado das limitações newtonianas, para rir o riso verdadeiro.
Nadar com as moréias acorrentadas ao corpo como jibóias famintas e sentir o choque elétrico como uma benção de uma estátua já caída.
Beijar uma sereia de olhos fechados - mente limpa – sensorialismo táctil - abrir os olhos e não passa de uma borboleta flutuando instável nesta chuva; uma gota quase a derruba, porém voar é preciso, amar sereiasborboletas um destino.

Tragar o veneno, êxtase dos primórdios quando o fogo era uma dádiva.
Conhecer para saber o quanto não se pode conhecer.
Só a musica lava como o mar.

O amor em todas as direções, a cada instinto, cada visão, sensação, intuição, ser libido em estado puro talvez uma insaciável transmutação de dorprazercalmariaexcitamento.

Sempre o êxtase termina e o meio-termo, médio, medíocre, volta a reinar; é o ciclo.

domingo, 8 de março de 2009


Esboços para uma filosofia...

O nada, ou não-ser, é constituído de ser em estado de potência, assim como o ser é constituído de não-ser em estado de potência.
Assim no eterno devir dos mundos possíveis.
Aquilo que é ser em um determinado momento carrega em si a potência para sua própria aniquilação como propriedade essencial.
Muito embora , as condições espaços-temporais como conhecemos sejam necessárias ou existentes neste mundo, não sabemos se outros mundos possíveis necessariamente teriam as dimensões espaciais e temporais como as mesmas neste mundo.
Já nasce aí, uma dificuldade para conhecer em absoluto.
Assim como, o não-ser deste mundo pode não possuir as mesmas propriedades que o não-ser fora deste mundo, enquanto mero não-ser potencial para criação de mundos possíveis ou enquanto não-ser dentro das transformações do devir de mundos possíveis.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

LEGO

Todo lodo
todo dia
- diástolesistoles -
catástrofes numa inspiração natural
no umbral recosto minhas costas
castas vão avançando passo a passo
repasso minha vida
numa saída atravessam os passantes
amantes do meio dia
na normandia diagramação dos medos em sangue
no mangue sanguinolento sonho
componho uma vida nova
na roda da evolução
ação-reação ciclo da esfera infinita
bonita minha maçã dourada
armada conquista as malvinas
divinas as divas dionísicas
tísicas avançam com estandartes
arte dos ainda familirizados com o ser
no amanhecer o orvalho pinga a noite
açoite dos olhos
des-cobrem
en-cobrem
cobrem
os fenômenos
homonímos...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Calendar

Sun Sundaymonday,

breathing the earth as always has been.

Being in the earthseaair.


Seeing everything that is;

Seeing between the birth and the death;

Seeing similar and plural things:

flowers electricity fire stones ice smiles tvs.


One day I did the mystic jump.

Because human reason is not enough,

as always has been.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Corredorestrelasendorfinasaladas

Eu já vi a morte de frente tantas vezes!
Mas o xadrez nunca termina,
a metametapotência geradora me alimenta no sono.

Brincando de observar as praias, os povos, ganja infinita.

Alimentando-me de amor e experiências,
céu límpido quando as estrelas formam uma galáxia.

De repente uma menina passa correndo, de cabelos negros,
hiperativa dizem os especialistas,
atiradora de foguetes eu digo,
um especialista tenta nos castrar a todo instante.


Jogos mortais são jogados a cada instante,
E tanto os iluministas quanto os românticos estavam certos de algum modo.

Correndo na praia, sentido o ar difícil, os músculos doendo,
Num instante algo, endorfina - e outras inas segundo os especialistas -
Ilumina o olhar desse corredor e suas passadas se tornam aladas.
Porque os anjos existem,
eles são aves e homem,
ou homem alados em algum possível mundo,
ou são como os românticos e iluministas
e todo o pensamento humano:

parcialmente certo, parcialmente errado e incompleto,
porque a pedra, o olho, o aleph é: cadatdoonenhumsernãoseraquémentrealémtranscendetalaospreviosconceitos.

Só porque eu sou humano e preciso dessas metáforas para aliviar a visão impossível,
o transbordamento final eternamente meio,
os foguetesalados,
as estrelasgaláxias,
o corredorvoador –das inas,
joguetes infinitos rindo de nós.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

I have found over the past 6 years or so since I first reached for a palette knife as my tool of choice to paint with that many seem to have a fear of


Andava

Durante boa parte da minha vida eu andei com uma faca no peito.
Eu me acostumara com ela,
a ver o sangue sempre escorrendo lentamente.

Um dia eu tirei-a de mim.
Descobri que a faca sempre estaria em mim.
Que a faca me era essencial,
Que a faca era eu tanto quanto o peito,
Que faca era a finitude,
Que a finitude era o começo do nada,
Que o nada era o ser potencial,
Que nos traria de volta,
Após aparentes infinitos processos do nada ao homem- com –uma-faca-no- peito,
ou qualquer outra forma de existir,
que em diferentes processos,
de um diferente universo
possam vir a ocorrer no mesmo tempo,
se lá houver um,
que ocorreu neste universo de eu,
Sergio kroeff canarim,
vir a ocorrer com uma faca no peito.

Será possível que possa o nada trazer outro sérgio kroeff canarim ,
com outra faca no peito,
o qual seja absolutamente eu?
Por que essa mesma faca no peito me faz crer que não?
E ,
mesmo assim,
eu não quero me livrar dela?
Ou,
mesmo assim,
eu não posso me livrar dela,
pois ela é absolutamente eu?