sábado, 1 de dezembro de 2007

Até agora todos os textos publicados aqui são de minha autoria, resolvi abrir uma exceção para um amigo. O poeta é Daniel Lourenço.

...mundos possibilidades de mundos possíveis de serem o que se sendo sabendo-se ou não aqui agora desde que o sempre é sempre ou o é o eterno engendrado a menos de cinco minutos atrás durabilidade nula destes jogos estelares constelações de vazios a orbitarem arbitrárias e constantes em torno destes neutrinos que nos são e são quem sabe o quê ou quem desconhecido ou mesmo e ainda assim indefinidos indiferentes indispensáveis a nossas desrealizações ou à quem não jurar aos prantos ou aos berros que o ser-por-ai ou o estar–aqui ocultam desvelam escondem-se a si e a nós doando-se em benefício próprio ou por causas escondidas secretas esquecidas sob o capacho desta porta de defronte ao deserto do ser permanecer estático ou viraser do nada emergindo fantasmagórico alegórico disfarçado dissimulado de nossos o-que-quer-que-sejamos nós cansados de sermos os que adiados insistem e acreditam na segurançafachada de que o nada é nada e o não ser não ser escravoscadáveres que caminham e cantam sucumbem ao peso das estrelas definições conceitos noções tão leves insustentáveis insuportáveis e nossas e de mais ninguém viver e morrer por elas e por nós início sem causa ação sem fim espontaneidade do porvir se é que virá ou mesmo não vindo que seja longe daqui ou de lá ou de qualquer ponto entre o tudonada sernãoser mesmice variável esfera de cores impossíveis e reais absolutamente reais verdadeiras falácias argumentos irrefutáveis teorias cientificas sobre fantasmas o nadatudo irrealizável fato nem aqui nem em lugar algum desde que seja depois dos que chegaram no agora primeiro ou por ultimo ou não chegaram infinitos de tamanhos e cores e cheiros impensáveis impossíveis sorriem sobre e para e por o porquedeondeparaondequando à que estamos acostumados pregados como coisas que são realidade de quem as concebe-imita-copia-refaz-recria-procria e morre...