terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O nascer do sol no Rosa




Então o sol despontava

Todo o poder do astro rei
em fogo-fótons
Traz no seu calor
a magia
de poder haver uma fauna, uma flora

O céu era vermelho
Na fluição das coisas
matizes laranjas e amarelos surgiam

E dizem que as cores são ondas
Quem acredita que são apenas ondas?
Não viu vermelholaranjaamarelo em todo seu esplendor
As pequenas abstrações do pobre homo sapiens são apenas
parciais penumbras diante do Astro Rei

Ele entorna e transborda a possibilidade de aqui
eu estar a descrever o impossível gozo da experiência

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O nascimento de Jonas

De repente aquela calma
quente e silenciosa
-a qual me acostumara –
causava dor.

Agora chegada a hora
inquieto me revirava.

Então, em contrações
uma força a luz me levava.
A proximidade de tal intensidade
- A fenda era o sol –
meu coraçãzinho disparava.

Quis retroceder,
como era calma e quente
minha casa.
Doce conforto,
abrigo mítico.

Mas era inexorável,
ine-lutável.
O tempo
era-é-será irreversível.

Num átimo,
minha casa desapareceu.
E milhões de
sensações,
intuições e
turvas imagens
arrebataram meu corpinho.

Para Memórias Póstumas de Jonas:
http://poemadia.blogspot.com/2011/01/memorias-postumas-de-jonas.html