quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Do ele ao Ele

Ele era um homem inteligente e racional, acreditava na possibilidade de conhecer a verdade objetiva. Nos velhos moldes modernos vvia seguro da destruição organizada como arquivos no armário. Recriminava as subjetividades de gosto, “o bom é objetivamente bom, não importa se tu gostas ou não”. Então sua visão gradualmente alargou-se, subindo e descendo aos lados rodando.
Até que o caos ergueu-se contra o seu sistema humano de verdades seguras.
Caminhando no impossivélirregularcaos arrebatamento da incompreensão de tudo ele finalmente transformou seu casulo numa ave fênix em vôo de varejeira e sorriu diante do esplendor do absoluto, dos infinitos mundos possíveis onde mais alguém escreve essas linhas, separado por um imenso nada, conceito inatingível por não-ser, nem novo nem velho, nem imenso, nem médio, nem pequeno.
Resolveu, assim, ser sem saber...sendo o vento, a parede, o monólito negro da imaginação de Clark, o eruditoanalfabeto.
Só dentro de si mesmo descobriu a toca do coelho onde tocas e coelhos são tão absurdos quanto não tocar coelhos virtuais sorrindo cenouras torrentes de cascatas iluminadas pela garagalhadacortantedocegovisionáriodestino.