segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Andava
Durante boa parte da minha vida eu andei com uma faca no peito.
Eu me acostumara com ela,
a ver o sangue sempre escorrendo lentamente.
Um dia eu tirei-a de mim.
Descobri que a faca sempre estaria em mim.
Que a faca me era essencial,
Que a faca era eu tanto quanto o peito,
Que faca era a finitude,
Que a finitude era o começo do nada,
Que o nada era o ser potencial,
Que nos traria de volta,
Após aparentes infinitos processos do nada ao homem- com –uma-faca-no- peito,
ou qualquer outra forma de existir,
que em diferentes processos,
de um diferente universo
possam vir a ocorrer no mesmo tempo,
se lá houver um,
que ocorreu neste universo de eu,
Sergio kroeff canarim,
vir a ocorrer com uma faca no peito.
Será possível que possa o nada trazer outro sérgio kroeff canarim ,
com outra faca no peito,
o qual seja absolutamente eu?
Por que essa mesma faca no peito me faz crer que não?
E ,
mesmo assim,
eu não quero me livrar dela?
Ou,
mesmo assim,
eu não posso me livrar dela,
pois ela é absolutamente eu?
Eu me acostumara com ela,
a ver o sangue sempre escorrendo lentamente.
Um dia eu tirei-a de mim.
Descobri que a faca sempre estaria em mim.
Que a faca me era essencial,
Que a faca era eu tanto quanto o peito,
Que faca era a finitude,
Que a finitude era o começo do nada,
Que o nada era o ser potencial,
Que nos traria de volta,
Após aparentes infinitos processos do nada ao homem- com –uma-faca-no- peito,
ou qualquer outra forma de existir,
que em diferentes processos,
de um diferente universo
possam vir a ocorrer no mesmo tempo,
se lá houver um,
que ocorreu neste universo de eu,
Sergio kroeff canarim,
vir a ocorrer com uma faca no peito.
Será possível que possa o nada trazer outro sérgio kroeff canarim ,
com outra faca no peito,
o qual seja absolutamente eu?
Por que essa mesma faca no peito me faz crer que não?
E ,
mesmo assim,
eu não quero me livrar dela?
Ou,
mesmo assim,
eu não posso me livrar dela,
pois ela é absolutamente eu?
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Análitica, uma homenagem
Não há uma primeira pergunta.
Se não há uma primeira pergunta, o questionamento é infinito.
Se o questionamento é infinito, só pode ser respondido em absoluto por um ser igualmente infinito.
O homem é finito.
Logo, o homem é incapaz de responder a todos os possiveis questionamentos.
Se não há uma primeira pergunta, o questionamento é infinito.
Se o questionamento é infinito, só pode ser respondido em absoluto por um ser igualmente infinito.
O homem é finito.
Logo, o homem é incapaz de responder a todos os possiveis questionamentos.
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